Arquivistica Histórica

Subsistema SS 04 - Carvalho. Família, morgados dos Carvalhos.

Código de referência

PT/BNP/ ALB/SS 04

Título

Carvalho. Família, morgados dos Carvalhos.

Data(s)

  • 1454-1615 (Produção)

Nível de descrição

Subsistema

Dimensão e suporte

Área de contextualização

Nome do produtor

Carvalho. Família, morgados dos Carvalhos (flor. 1454-1615) (flor. 1454-1615)

História biográfica

Nome do produtor

Almada e Lencastre Bastos. Família. ([19--])

História biográfica

Nome do produtor

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Considerámos a família Lopes de Carvalho a partir do casamento de Lopo Sanches de Sotomaior, mercador, com origens na Galiza , com Leonor Afonso de Carvalho, sobrinha de Vasco Lourenço, também ele mercador e instituidor de um vínculo em Guimarães, onde residia. Para a sua administração nomeou uma sua criada, tendo o seu sobrinho neto, Diogo Lopes de Carvalho, reclamado a administração da capela em 1499.
Diogo Lopes de Carvalho desempenhou diversos cargos da administração régia, tendo sido desembargador do Paço na corte de D. Manuel e D. João III. Teve um filho, falecido em 1521, pelo que a administração dos morgadios de Abadim e Negrelos, assim como o padroado das suas igrejas, comprado a Bartolomeu Machado , e ainda os morgadios que havia herdado de seu tio avô materno, Vasco Lourenço, passou para o seu sobrinho Gaspar de Carvalho, filho de sua irmã Beatriz Lopes de Carvalho e de Gonçalo Dias de Abreu.
Gaspar de Carvalho foi do conselho régio e chanceler mor de D. João III. Do casamento com Maria de Aguiar, filha do Dr. Rui Gomes, teve vários filhos entre os quais o primogénito António Lopes de Carvalho, casado com Melícia de Novais, que sucedeu ao seu pai na administração dos morgados, mas faleceu sem ter deixado descendência, pelo que foi o seu irmão mais novo, Luís Lopes de Carvalho quem garantiu a sucessão nos mesmos. Este foi desembargador e chanceler da Casa da Suplicação, para além de fidalgo da Casa Real. Casou com Mécia de Eça, filha de Jerónimo de Eça e Isabel de Brito , da qual teve cinco filhos: Gaspar de Carvalho; Afonso de Carvalho; Diogo Lopes de Carvalho II; Isabel de Eça e Mariana de Eça.
Foi Diogo Lopes de Carvalho II, fidalgo da casa real, quem continuou a titularidade de morgado de Abadim e Negrelos. Casou com Ana de Castro, filha de Lopo Vaz de Camões, senhor do morgado da Camoeira de Évora, e de Maria da Fonseca, da qual teve filhos entre os quais o primogénito Luís Lopes de Carvalho. Diogo Lopes de Carvalho II casou uma segunda vez com Antónia de Faria, filha de António de Faria e de Leonor Velho Barreto.
Foi uma vez mais o primogénito Luís Lopes de Carvalho que continuou a linha morganática dos Carvalho e agora também dos Camões, tendo casado com Ana da Silva, filha de Fernão Rebelo de Almeida e Guiomar da Silva. Foram pais de Gonçalo Lopes de Carvalho casado com Guiomar Bernarda da Silva Alarcão.
Foi o filho deste casal, Tadeu Luís António Lopes de Carvalho , quem sucedeu na administração dos morgados dos Carvalho e Camões, tendo casado duas vezes, a primeira com Francisca Rosa de Mendonça e Meneses e mais tarde com Beatriz Teresa de Meneses. Do primeiro casamento nasceu Guiomar Anacleta de Carvalho Fonseca Camões, a qual casou com António de Lencastre, nomeado governador de Angola em 1762. O casal teve dois filhos, sendo que foi a filha, Francisca Felizarda Lopes de Carvalho e Camões, que herdou os morgadios dos Carvalhos e de Camões e os levou em dote para casar com António José de Almada e Melo, segundo visconde de Vila Nova de Souto del Rei.
Com ligações estreitas à coroa e corte portuguesa, foram vários os elementos e gerações da família Carvalho a desempenhar funções de clara confiança régia – desembargadores do paço, chanceleres, membro do juízo de capelas – a partir de finais do século XV. O primeiro a desempenhar as funções na corte foi Diogo Lopes de Carvalho, procedente de uma família de mercadores vimaranenses, que se ligou à família Carvalho, esta com ligações à casa de Bragança, tendo inclusive uma tia que tinha sido colaça do próprio duque. As gerações seguintes mantiveram a sua presença na corte: os sobrinhos Gaspar de Carvalho e os descendentes deste, António Lopes de Carvalho e o seu irmão Luís Lopes de Carvalho, todos foram desembargadores do paço. As ligações familiares que construíram apontam para um claro processo de ascensão social, pois foram consumadas dentro do mesmo quadro social em que se movimentavam: Maria de Aguiar, filha de um desembargador da casa da Suplicação; Milícia de Novais Carneiro, ligada à família dos Carneiro do Porto; vários escudeiros da casa do Duque de Bragança, com quem tinham relações desde pelo menos 1477 ou a fidalgos da casa real. Também os cargos exercidos pelas três gerações de desembargadores lhes permitiram consolidar essa ascensão e poder económico assim como gerir a propriedade e os vínculos associados, de que podemos encontrar instrumentos de gestão no ALB.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Cota(s)

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Related descriptions

Zona de notas

Identificadores alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso - assunto

Pontos de acesso - lugares

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

PT

identificador da instituição

BNP

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.

DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação, revisão, eliminação

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

Zona da incorporação