Arquivos Históricos

Fondo ACBL - Arquivo da Casa de Belmonte

Código de referencia

PT/FCC/ ACBL

Título

Arquivo da Casa de Belmonte

Fecha(s)

  • 1499-04-22- 2015-05-01 (Creación)

Nivel de descripción

Fondo

Volumen y soporte

O Arquivo compõe-se de cerca de 30 metros lineares de documentação.

Área de contexto

Nombre del productor

Figueiredo. Família (1499-1655) (1499-1655)

Historia biográfica

Nombre del productor

Figueiredo Cabral da Câmara. Família (1726-1805). (1726-1805)

Historia biográfica

Nombre del productor

Figueiredo Cabral da Câmara (1910-). Família (1910-)

Historia biográfica

Nombre del productor

Institución archivística

Historia archivística

A história do Arquivo da Casa de Belmonte liga-se essencialmente ao percurso da família Figueiredo Cabral da Câmara e permanece na sua posse desde o final do século XV (1499) até aos nossos dias.
O núcleo fundamental deste arquivo, e o mais antigo, pertence à linhagem dos Figueiredos chamados por alguns genealogistas «escrivães da Fazenda», ou ainda como «Senhores de Ota». Servindo a Coroa provavelmente desde os tempos da fundação do reino, é marcante no século XV Henrique de Figueiredo, escrivão da Fazenda de D. Afonso V e de D. João II. Do seu filho primogénito, Rui de Figueiredo escrivão da Fazenda de D. Manuel,descende o ramo da linhagem que vem a coligir a documentação.
Em 1722, elabora-se um primeiro inventário ou tombo que incorpora a descrição detalhada da origem, rendimentos e encargos de cada propriedade, cada capela, vínculo.
Em 1807 o descendente directo destes Figueiredos, Vasco Manuel de Figueiredo Cabral da Câmara, manda fazer um novo inventário do arquivo e um tombo de todas as suas propriedades, terras, foros e rendas. A possível partida para o Brasil – que acabou por se confirmar -, confere a este documento um carácter de importância fulcral na gestão do património e herança simbólica familiar.
O arquivo terá permanecido no reino e, depois do regresso da família, continuou a ser acrescentado nas gerações seguintes. Com a lei da extinção dos morgadios e a consequente divisão de propriedades, a documentação foi dividida pelos membros da família, consoante a propriedade herdada. Uma parte regressará, por herança e já no final do século XX, ao tronco principal da família e uma pequena parte foi comprada.
O Acervo tem sido alvo de reorganização e trabalho de investigação desde os anos 90 do século XX e tem sido recuperada alguma documentação dentro do meio familiar.
Continuando na posse da família, o Arquivo da Casa de Belmonte permanece também um arquivo aberto e é acrescentado sempre que se justifica.

Origen del ingreso o transferencia

O arquivo foi passando de geração em geração até à actualidade

Área de contenido y estructura

Alcance y contenido

A documentação existente neste arquivo relaciona-se maioritariamente com a gestão das propriedades, morgados e capelas pertencentes à família. O documento mais antigo conservado data de 1499 e acumulação de documentos verifica-se até aos dias de hoje.
A documentação corresponde à gestão de propriedades em Ota (chamada Quinta de Ota, originalmente prazo foreiro ao convento de Odivelas;acrescentada ao longo de tempo com terras adquiridas por compra e por heranças); Lobagueira (actualmente chamada Encarnação, Mafra, compreendendo casas de morgado, terras e igreja com respectivo padroado); Lisboa (Casa e morgado do Castelo; Casas em vários locais da cidade e quintas nos seus arredores ligados a diferentes morgados e capelas; palácio da Boa Hora, construído no século XVIII hoje inexistente); Seixal (quintas e terras de um morgado feminino); Belmonte (Casas e castelo; Capela de Nossa Senhora da Piedade na Igreja de S. Tiago em Belmonte; alcaidaria mor; terras: Entr'águas, Serôdio, Colmeal, quinta Cimeira, quinta do Meio, quinta das Olas, quinta dos Trigos, quinta do Espírito Santo; quinta do Monte; Ínguias; Carvalhal, Malpica,Massaínhos, Orjais, , Aldeia do Mato, Gonçalo,Peraboa, Ferro, Dominguizo, Alcaria,Rei Fernando, Pereiras); Castanheira (Terras) Vila Franca de Xira (terras); Serpa (herdade da cabeça de Azinho, Herdade de João Pereira),Cartaxo (Quinta das Laranjeiras); Montemor o Novo-Lavre (Herdade de S. Lourenço do Outeiro), Carregado (Quinta do Carregado; quinta de Monte de Loyos, quinta da Especendeira - também chamada Brandoa ou Bordalia).
A Casa tem ainda a Capela da Barreteira na vila de Maçãs de D. Maria (por mercê do príncipe regente de 1807, composta de terras, olivais e hortas), A alcaidaria mor da Sertã e Pedrógão e as seguintes comendas: S. Pedro de Merelim, S. Salvador de Castelões, S. João Baptista de Sinfães, S. Tiago de Besteiros e S. Pedro de Babe. Tem ainda um foro à comenda do Vale em Santarém. Desde o século XVI é proprietária da donataria dos Maninhos da Covilhã.

Encontramos neste arquivo documentos de compra e venda, emprazamentos, arrendamentos, sentenças judiciais, mas também testamentos, escrituras de dote e casamento e correspondência vária. Existem também tombos de comendas, certidões de vários tipos. Para além disso existem mapas, livros de contas, recortes e impressos vários e fotografias. A esta documentação estão igualmente ligados objectos como pintura, escultura e um altar portátil.

Valorización, destrucción y programación

Acumulaciones

Sistema de arreglo

O Arquivo está fisicamente disposto de forma diversa. Uma parte da documentação descrita (maioritariamente entre 1499 e 1807) está numerada e colocada em caixas também numeradas, segundo uma divisão funcional e cronológica. À outra parte da documentação foi atribuída uma cota topográfica. Esta foi colocada em caixas numeradas.
O total de caixas identificadas e contendo documentação descrita é de 136.
Permanece por identificar, descrever, organziar e classificar a restante documentação, que inclui algumas dezenas de caixas e dossiers.

Área de condiciones de acceso y uso

Condiciones de acceso

Está sujeita a autorização e disponibilidade da família.

Condiciones

Mediante autorização da família.

Idioma del material

Escritura del material

Notas sobre las lenguas y escrituras

Características físicas y requisitos técnicos

Alguns documentos estão em mau estado de conservação pelo que o seu manuseamento é muito condicionado.

Instrumentos de descripción

Índice de 1722.
Índice de 1807.
Índice de 1997;
Índice actualizado (elaboração em curso).

Área de materiales relacionados

Existencia y localización de originales

Existe um conjunto de cartas de D. João IV a Rui de Figueiredo de Alarcão que pertenciam ao Arquivo e que se encontam hoje no Arquivo Nacional da Torre do Tombo sob a cota: Manuscritos da Livraria, nºs 2713 e 2714.

Existencia y localización de copias

Unidades de descripción relacionadas

Descripciones relacionadas

Nota de publicación

S. PAYO, Luís de Mello Vaz de - "Subsídios para uma biografia de Pedro Álvares Cabral", (Separata), Revista da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1971 (utilizou vários documentos deste arquivo para este estudo); SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - «Estudo de um Arquivo Familiar. Problemas e métodos de investigação» Actas do III Cogresso Internacional Casa Nobre: um património para o futuro. Arcos de Valdevez, CMAV, 2013. https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/; SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e, «O Arquivo da Casa de Belmonte: o que tempo (ainda) não apagou», in, ROSA, Maria de Lurdes (org.) - Actas do Colóquio Internacional Arquivos de Família (séculos XIII-XIX): que presente, que futuro? Lisboa, IEM-CHAM-Caminhos Romanos, 2012, pp. 491-506; SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII), (tese de mestrado), Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2007; SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Pedro de Figueiredo (1657-1722) – Uma Biografia, Porto: Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna do Porto, 1999.

Área de notas

Notas

Nota ao elemento "Dimensão e suporte" - O arquivo encontra-se em organização, pelo que o número de UI's poderá ser alterado

Alternative identifier(s)

Puntos de acceso

Puntos de acceso por materia

Puntos de acceso por lugar

Área de control de la descripción

Identificador de la descripción

PT/FCC/ACBL

Identificador de la institución

Arquivo da Casa de Belmonte

Reglas y/o convenciones usadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estado de elaboración

Borrador

Nivel de detalle

Parcial

Fechas de creación revisión eliminación

2014-08-08; 2015-05-29

Idioma(s)

Escritura(s)

Fuentes

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "Estudo de um Arquivo Familiar. Problemas e métodos de investigação", Actas do III Cogresso Internacional Casa Nobre: um património para o futuro. Arcos de Valdevez, CMAV, 2013. https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/;
SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "O Arquivo da Casa de Belmonte: o que tempo (ainda) não apagou", in, ROSA, Maria de Lurdes (org.) - Actas do Colóquio Internacional Arquivos de Família (séculos XIII-XIX): que presente, que futuro? Lisboa, IEM-CHAM-Caminhos Romanos, 2012, pp. 491-506.
SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII), (tese de mestrado), Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2007.

Nota del archivista

Criado por Maria João da Câmara

Área de Ingreso